Toda a vida é Yoga
Sri Aurobindo (1872-1950) (1)
Na visão certa, tanto da vida como do Yoga, toda a vida é, consciente ou subconscientemente, um Yoga.
Com esse termo estamos querendo dizer um esforço metodizado em direção à autoperfeição, através da expressão das potencialidades latentes no ser, e a uma união do humano individual com a Existência universal e transcendente, que vemos parcialmente expressa no ser humano e no Cosmos.
Mas toda a vida, quando olhamos por trás de suas aparências, é um vasto Yoga da Natureza, tentando realizar sua perfeição numa expressão crescente de suas potencialidades, para unir-se com sua própria realidade divina.
No ser humano, ser pensador pela primeira vez sobre esta terra, ela planeja meios autoconscientes e sistemas voluntários de atividades, através dos quais esse grande propósito pode ser obtido mais rápida e poderosamente.
O Yoga, como Swami Vivekananda disse, pode ser considerado como um meio de comprimir a nossa evolução em uma única vida, ou em poucos anos, ou mesmo em poucos meses de existência corporal.
Um dado sistema de Yoga, então, não é nada mais do que uma seleção ou uma compressão de formas de intensidade mais estreitas, mas mais enérgicas, dos métodos gerais que já estão sendo usados dispersa e amplamente em um movimento vagaroso, com uma perda de material e energia mais profusa e aparente, mas com uma combinação mais completa pela grande Mãe, no seu vasto trabalho para cima.
É somente essa visão do Yoga que pode formar as bases de uma síntese racional e segura para os métodos de Yoga.
Pois, então, o Yoga deixa de parecer algo místico e anormal, que não tem relação com os processos ordinários do Mundo-Energia ou com a finalidade que ele mantém em vista, nos seus dois grandes movimentos de auto realização subjetiva e objetiva; revela-se, melhor, como um uso de poderes intensos e excepcionais que ele já manifestou ou está organizando progressivamente em suas operações menos exaltadas, porém mais gerais.
Os métodos de Yoga relacionam-se com os trabalhos psicológicos habituais do homem, assim como o manejo científico da força natural da eletricidade ou do vapor relacionam-se com as operações normais do vapor e da eletricidade. E eles também são formados baseados em um conhecimento desenvolvido e confirmado por experiência regular, análise prática e resultado constante.
O objetivo verdadeiro e completo e a utilidade do Yoga podem somente ser realizados quando o Yoga consciente no homem tornar-se o Yoga subconsciente na Natureza, externamente limitado, mas com vida própria, e nós podemos, uma vez mais, olhando, tanto para o caminho quanto para a realização, dizer, num sentido mais perfeito e luminoso: “toda a vida é Yoga“.
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Com esse termo estamos querendo dizer um esforço metodizado em direção à autoperfeição, através da expressão das potencialidades latentes no ser, e a uma união do humano individual com a Existência universal e transcendente, que vemos parcialmente expressa no ser humano e no Cosmos.
Mas toda a vida, quando olhamos por trás de suas aparências, é um vasto Yoga da Natureza, tentando realizar sua perfeição numa expressão crescente de suas potencialidades, para unir-se com sua própria realidade divina.
No ser humano, ser pensador pela primeira vez sobre esta terra, ela planeja meios autoconscientes e sistemas voluntários de atividades, através dos quais esse grande propósito pode ser obtido mais rápida e poderosamente.
O Yoga, como Swami Vivekananda disse, pode ser considerado como um meio de comprimir a nossa evolução em uma única vida, ou em poucos anos, ou mesmo em poucos meses de existência corporal.
Um dado sistema de Yoga, então, não é nada mais do que uma seleção ou uma compressão de formas de intensidade mais estreitas, mas mais enérgicas, dos métodos gerais que já estão sendo usados dispersa e amplamente em um movimento vagaroso, com uma perda de material e energia mais profusa e aparente, mas com uma combinação mais completa pela grande Mãe, no seu vasto trabalho para cima.
É somente essa visão do Yoga que pode formar as bases de uma síntese racional e segura para os métodos de Yoga.
Pois, então, o Yoga deixa de parecer algo místico e anormal, que não tem relação com os processos ordinários do Mundo-Energia ou com a finalidade que ele mantém em vista, nos seus dois grandes movimentos de auto realização subjetiva e objetiva; revela-se, melhor, como um uso de poderes intensos e excepcionais que ele já manifestou ou está organizando progressivamente em suas operações menos exaltadas, porém mais gerais.
Os métodos de Yoga relacionam-se com os trabalhos psicológicos habituais do homem, assim como o manejo científico da força natural da eletricidade ou do vapor relacionam-se com as operações normais do vapor e da eletricidade. E eles também são formados baseados em um conhecimento desenvolvido e confirmado por experiência regular, análise prática e resultado constante.
O objetivo verdadeiro e completo e a utilidade do Yoga podem somente ser realizados quando o Yoga consciente no homem tornar-se o Yoga subconsciente na Natureza, externamente limitado, mas com vida própria, e nós podemos, uma vez mais, olhando, tanto para o caminho quanto para a realização, dizer, num sentido mais perfeito e luminoso: “toda a vida é Yoga“.
Visite o site do Sri Aurobindo Ashram, de Pondicherry, Índia, em sriaurobindoashram.org
- Texto digitado por Cristiano Bezerra (1971-) em 26 de agosto de 2001 e desde então também publicado em yoga.pro.br. [↩]
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