Samsara
Depois da noite
vem o dia.
Morre o dia,
a noite vem.
Renasce o dia.
Renasce a noite também.
O lombo do mar se aquieta
e a onda nasce.
Desce a onda,
voltando ao mar,
e novamente se ergue,
para depois
se afogar.
Morre a sístole.
Nasce a diástole.
Morre esta.
Aquela renasce.
Gera o mar a nuvem,
e a nuvem se desfaz
e chove no mar.
Plantinha que nasce –
reencarnação da própria Vida.
Cada manhã acordamos –
reencarnação de nós mesmos.
O Atman tem muitas vestes.
Uma se rompe,
outra nova Ele veste.
Grande ator o Atman:
muitos personagens.
O intérprete,
um só.
Quando o Atman
se libertará
do palco?
Quando o personagem
se lembrará
de que é o Ator?
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Você lerá Canção Universal, se comovendo, mas, principalmente, ganhando uma nova visão sobre Deus, o mundo e você mesmo. Você não terminará a leitura desse livro sem se ter transformado, sem se sentir mais liberto, tranquilo, sadio, maduro e mais feliz.
Finalmente, Hermógenes é filósofo, místico, poeta, ou somente um irmão de todos, que escreve para todos os que sofrem, que buscam coerência e paz na vida, para todos que estão insatisfeitos com a brutalidade de nossa época? Ele é assim como um mergulhador que vai aos abismos da Sabedoria Universal e vem à tona, dando-nos alimento espiritual, jóias lindas, mas principalmente esperança e coragem para viver.
Canção Universal é lindo como um apanhado de flores campestres, luminoso como um Sol de verão e profundo como as raízes das maiores árvores.
Canção Universal é resposta ao aflito, apreensivo com o caos do mundo, com o desvario das almas arrastadas na maré crescente de dor e prazer, que em quase desespero buscam compreender. É resposta ao que ficou angustiado pela constatação de sua fragilidade, de seu vazio, de sua tediosa solidão. É resposta àquele que se sente frustrado com os valores, os status, os poderes e os prazeres que andou faturando.
Sua leitura enternece, pois é Canção.
Sua mensagem eleva, pois é Universal.
Ler apenas é pouco.
É pouco ler apenas uma vez. O livro é elaborado de tal forma que o leitor se torna um co-autor, pois cada frase é uma isca para pescar o pensamento, um desafio à reflexão; e cada página, um impacto na sensibilidade. Ninguém lerá Canção Universal sem participar, sem se deixar cativar, sem meditar, sem criar, sem optar, sem concluir.
O mundo precisa cantar uma canção que seja universal.
- Poema extraído da 4a edição, de 1991, do livro Canção Universal (1979), do Professor Hermógenes (1921-2015), Editora Nova Era, digitado por Cristiano Bezerra em 6 de outubro de 2001 e também publicado em yoga.pro.br. Visite o site do Instituto Hermógenes em institutohermogenes.com.br [↩]
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