Jñana Yoga, a sabedoria que liberta
Professor Hermógenes (1921-2015) (1)
“E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.”
João, 8:32
A alienante ignorância diz: “Deus é Divino, e eu, humano; Deus é Perfeição, e eu, pecado; Deus é Luz, e eu, sombra; Deus é Liberdade, e eu, servidão; Deus é Paz, e eu, conflito; Deus é Unidade, e eu, pedacinhos desarmônicos; Deus é Bem-Aventurança, e eu, sofrimento; Deus é Opulência, e eu, pobreza; Deus é Plenitude, e eu, vazio… Deus é grande demais. Deus está infinitamente fora de meu alcance…”
Os que assim pensam, concluem: “Continuarei humano, pecador, sem luz, sem liberdade, sem paz, desintegrado, sofredor, vazio, entediado e frágil.”
É assim que a ignorância torna maior o padecimento e a ruína.
O ignorante desastrosamente admite a impossibilidade. Ele não teve “ouvidos de ouvir” quando o Mestre nos estimulou dizendo: “Sede perfeitos como o Pai que está nos céus é Perfeito”.
O Yoga que combate a ignorância – o Jñana Yoga – é a caminhada no saber, na elucidação progressiva, afastando os mil disfarces que escondem o Real, o Uno, o Absoluto. O jñanin, no seu caminho, conquista Paz, Felicidade, Amor… mediante as vitórias que impõe às trevas, aos enganos…
Para o jñanin é a ilusão (avidya) que, fazendo de Deus algo separado, faz-nos sofrer e faz-nos fazer sofrer. É avidya que separa os homens e nutre os egos conflitantes.
Jñana Yoga é deslumbramento enquanto dissolve as trevas. É desengano, enquanto afasta as aparências enganosas. É desilusão, enquanto nos livra de todas as ilusões – agradáveis e desagradáveis. É desencanto, enquanto nos salva de frustradores encantamentos.
O jñanin vê-se a si mesmo; vê tudo, todos e o Todo numa Unidade, que não tem segundos. Nada existe fora de Deus, o Uno. Há muitas existências, mas a Essência é Uma. Existências são aparências; e a Essência Una, o Real. Nada existe fora ou diferente do Uno. Nós, embora pareçamos ínfimos, somos o Infinito.
Conseguida a desilusão total, o que resta é a imperecível liberdade, a felicidade absoluta.
Sat-Chit-Ananda é um dos nomes do Inominável de mil nomes.
Sat é Deus como Ser e Verdade.
Chit é Deus como Consciência Suprema.
Ananda é Deus como Felicidade Absoluta.
E nós somos Isto – É a mensagem advaita (monística) de Shankara, o vedantino.
Só a ignorância nos impede de ver que O somos.
» por “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.”
João, 8:32
A alienante ignorância diz: “Deus é Divino, e eu, humano; Deus é Perfeição, e eu, pecado; Deus é Luz, e eu, sombra; Deus é Liberdade, e eu, servidão; Deus é Paz, e eu, conflito; Deus é Unidade, e eu, pedacinhos desarmônicos; Deus é Bem-Aventurança, e eu, sofrimento; Deus é Opulência, e eu, pobreza; Deus é Plenitude, e eu, vazio… Deus é grande demais. Deus está infinitamente fora de meu alcance…”
Os que assim pensam, concluem: “Continuarei humano, pecador, sem luz, sem liberdade, sem paz, desintegrado, sofredor, vazio, entediado e frágil.”
É assim que a ignorância torna maior o padecimento e a ruína.
O ignorante desastrosamente admite a impossibilidade. Ele não teve “ouvidos de ouvir” quando o Mestre nos estimulou dizendo: “Sede perfeitos como o Pai que está nos céus é Perfeito”.
O Yoga que combate a ignorância – o Jñana Yoga – é a caminhada no saber, na elucidação progressiva, afastando os mil disfarces que escondem o Real, o Uno, o Absoluto. O jñanin, no seu caminho, conquista Paz, Felicidade, Amor… mediante as vitórias que impõe às trevas, aos enganos…
Para o jñanin é a ilusão (avidya) que, fazendo de Deus algo separado, faz-nos sofrer e faz-nos fazer sofrer. É avidya que separa os homens e nutre os egos conflitantes.
Jñana Yoga é deslumbramento enquanto dissolve as trevas. É desengano, enquanto afasta as aparências enganosas. É desilusão, enquanto nos livra de todas as ilusões – agradáveis e desagradáveis. É desencanto, enquanto nos salva de frustradores encantamentos.
O jñanin vê-se a si mesmo; vê tudo, todos e o Todo numa Unidade, que não tem segundos. Nada existe fora de Deus, o Uno. Há muitas existências, mas a Essência é Uma. Existências são aparências; e a Essência Una, o Real. Nada existe fora ou diferente do Uno. Nós, embora pareçamos ínfimos, somos o Infinito.
Conseguida a desilusão total, o que resta é a imperecível liberdade, a felicidade absoluta.
Sat-Chit-Ananda é um dos nomes do Inominável de mil nomes.
Sat é Deus como Ser e Verdade.
Chit é Deus como Consciência Suprema.
Ananda é Deus como Felicidade Absoluta.
E nós somos Isto – É a mensagem advaita (monística) de Shankara, o vedantino.
Só a ignorância nos impede de ver que O somos.
Leia na sequência:
Yoga, caminho para Deus
Os gurus ensinam: viveka, vairagya e mumukshutvam
Modos e meios
Svadhyaya, a busca do Ser
Tapas, a austera disciplina
Ishvarapranidhana, a entrega a Deus
Bhakti Yoga, o amor que liberta
Karma Yoga, a ação que liberta
Jñana Yoga, a sabedoria que liberta
Exercício de Vedanta
Sadhana, o caminho
- Texto extraído das páginas 139 a 142 da 12a edição, de 1996, do livro Yoga: caminho para Deus (1984), do Professor Hermógenes (1921-2015), Editora Nova Era, Rio de Janeiro, digitado por Cristiano Bezerra em 14 de junho de 2001 e também publicado em yoga.pro.br. Visite o site do Instituto Hermógenes em institutohermogenes.com.br [↩]
Professor Hermógenes é um bálsamo de sabedoria em nossas vidas. Grata por esse maravilhosa texto, que já guardei, junto com esse site, entre os meus favoritos. Namaste!
Não há de quê, Regina! A gratidão é toda nossa a você! Namaste!