Despidos para o Yoga
Humberto Meneguin, do blog Yoga em Voga (1)
Já não é mais novidade a existência de “aulas de Yoga” onde as praticantes ou os praticantes executam asanas completamente nus. Seja em San Francisco, Venice Beach, Boston ou New York, onde é mais comum encontrar espaços específicos para esse fim, o Nude, Naked ou Undressed Yoga, se é que podemos considerar esse tipo de “modalidade” como sendo Yoga, parece atrair cada vez mais adeptos.
Mas, até que ponto praticar asanas sem qualquer roupa interfere negativamente no estudo e na prática da filosofia milenar? Será que você mesmo já praticou, às escondidas, o seu Yoga sem roupa, ou teve vontade de praticá-lo para saber como é?
Conforme consta de sites que divulgam vídeos pela internet, o “Yoga sem roupa” parece atrair pessoas que não estão, evidentemente, interessadas numa prática convencional e muito menos no autoconhecimento, pois tudo leva a crer que tem como finalidade precípua estabelecerem “laços físicos e mais íntimos” com as outras ou outros praticantes que possam encontrar pelos espaços que oferecem esse tipo “aula”.
A essência do erotismo e da sensualidade presentes nessa prática, aos mais conscientes, não deve jamais ser confundida com a real finalidade do Yoga, que é moksha (libertação).
Não existe a mínima necessidade daqueles que sinceramente se dedicam ao estudo e a prática do Yoga praticarem asanas sem qualquer roupa, ou seja, nus, na presença de outros praticantes, travestindo-se do propósito de que “dessa forma estarão colhendo os inúmeros benefícios que o Yoga proporciona fazendo-o de uma forma mais “livre” e ousada”.
Se a(o) praticante quiser, porventura, praticar sem qualquer roupa, só ou acompanhada(o), que o faça discretamente, na sua intimidade, sem se exibir a ninguém e muito menos tirar proveito disso com o intuito de “criar relações mais estreitas” com quaisquer outros praticantes que sejam.
Além disso, deve ser bem anti-higiênico, não só praticar Yoga sem roupa, mas qualquer outra atividade física, e, ainda, seria completamente fora do bom senso categorizar o Nude, Naked ou Undressed Yoga como uma “nova vertente do Yoga tântrico”; pois, se assim o fosse, não precisaria, de modo algum, adotar outra nomenclatura e querer virar moda.
Sem a menor pretensão de alimentar qualquer tipo de segregação ou preconceito, o “Yoga” feito sem roupa nada mais é do que um meio disfarçado e facilitador para que exibicionistas se encontrem com o único e específico propósito de vivenciarem momentos mais calorosos do que realmente praticarem Yoga.
Harih Om!
» por Já não é mais novidade a existência de “aulas de Yoga” onde as praticantes ou os praticantes executam asanas completamente nus. Seja em San Francisco, Venice Beach, Boston ou New York, onde é mais comum encontrar espaços específicos para esse fim, o Nude, Naked ou Undressed Yoga, se é que podemos considerar esse tipo de “modalidade” como sendo Yoga, parece atrair cada vez mais adeptos.
Mas, até que ponto praticar asanas sem qualquer roupa interfere negativamente no estudo e na prática da filosofia milenar? Será que você mesmo já praticou, às escondidas, o seu Yoga sem roupa, ou teve vontade de praticá-lo para saber como é?
Conforme consta de sites que divulgam vídeos pela internet, o “Yoga sem roupa” parece atrair pessoas que não estão, evidentemente, interessadas numa prática convencional e muito menos no autoconhecimento, pois tudo leva a crer que tem como finalidade precípua estabelecerem “laços físicos e mais íntimos” com as outras ou outros praticantes que possam encontrar pelos espaços que oferecem esse tipo “aula”.
A essência do erotismo e da sensualidade presentes nessa prática, aos mais conscientes, não deve jamais ser confundida com a real finalidade do Yoga, que é moksha (libertação).
Não existe a mínima necessidade daqueles que sinceramente se dedicam ao estudo e a prática do Yoga praticarem asanas sem qualquer roupa, ou seja, nus, na presença de outros praticantes, travestindo-se do propósito de que “dessa forma estarão colhendo os inúmeros benefícios que o Yoga proporciona fazendo-o de uma forma mais “livre” e ousada”.
Se a(o) praticante quiser, porventura, praticar sem qualquer roupa, só ou acompanhada(o), que o faça discretamente, na sua intimidade, sem se exibir a ninguém e muito menos tirar proveito disso com o intuito de “criar relações mais estreitas” com quaisquer outros praticantes que sejam.
Além disso, deve ser bem anti-higiênico, não só praticar Yoga sem roupa, mas qualquer outra atividade física, e, ainda, seria completamente fora do bom senso categorizar o Nude, Naked ou Undressed Yoga como uma “nova vertente do Yoga tântrico”; pois, se assim o fosse, não precisaria, de modo algum, adotar outra nomenclatura e querer virar moda.
Sem a menor pretensão de alimentar qualquer tipo de segregação ou preconceito, o “Yoga” feito sem roupa nada mais é do que um meio disfarçado e facilitador para que exibicionistas se encontrem com o único e específico propósito de vivenciarem momentos mais calorosos do que realmente praticarem Yoga.
Harih Om!
- Artigo originalmente publicado em 9 de dezembro de 2011 em yogaemvoga.blogspot.com.br, blog do Prof. Humberto Meneguin. [↩]
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